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Hoje
Uma espada fendeu o cristal de meu coração
E o estilhaçou em mil pedaços...
Fecho os olhos
Chamo
Ele vem
O Guardião
Da escura floresta
Me dá a mão
Me toca a testa
Me leva
Na escuridão
Ergue a tocha
Faz-se um clarão
Marcas na rocha
Um brilho de espadas
Afiadas sementes
Se entrelaçam serpentes
No seu cajado
Calados
Seus olhos
Do início do mundo
Lagos profundos
Espelhos da alma
Me ajoelho
Ele me mostra
A mesa posta
O prato e a taça
A lança e a luz
A faca
No escuro da floresta
Gotejando
Pingando
Uma lágrima escondida
Num jogo de sorte
A Vida
Ou talvez a Morte
Na taça que me é dado beber
Vinho e sangue,luz e sombra
Amor e ódio
Poder
No pão que me é dado comer
O gosto amargo do mel
E a doçura de ervas amargas
Então me despeço
Do Guardião
Meus olhos se abrem
Luz!...e Escuridão...
Na agonia e no êxtase
Vejo os anjos e demônios de minha alma
A Vida contém em sua eternidade
A escuridão do Inferno
E a luminosidade do Céu em um mesmo instante
20/04/2005
E o livro quando vem?
ResponderExcluirEncontro místico e prazeroso..O misticismo e o prazer caminham, lado a lado, (mas nem sempre). A verdade pura constantemente prevalece, às vezes fere... Lindo texto, mágico..
ResponderExcluirAbraços
lindo como sempre!
ResponderExcluirta inspirada né?