
Escuridão somos velhas amigas
Quero entrar em teu templo secreto
Na intimidade de cavernas antigas
Desligar o ouvido,o sentido,o decreto
O medo ancestral do olho do mundo
Me encolhe,me tolhe,me rechaça
Me agride,me oprime,me deprime fundo
Escuridão velha amiga me refaça
Me veste de negro por inteira
Estou cansada de apontar o Norte
Minha sábia e sóbria companheira
Me sinto tão frágil ante a Morte
A dor,a cor,o vazio da alma
Me recolhe em teu ventre velha amiga
No teu manto negro que me acalma
Me acolhe,me adormece,me abriga
É madrugada,calada,parada
Escuridão amiga antiga e forte
Me sinto impotente,dormente,cansada
Da minha Luz,de toda Cruz,de cada Morte...

Anna Geralda Vervloet Paim
Porto Alegre,15/02/2009
Continuo dizendo... como são lindos os seus versos,o livro sai quando?
ResponderExcluirObrigada pelo incentivo,mas ainda é cedo para pensar no livro,tem que amadurecer mais um pouco
ResponderExcluirabraços
Escreves muito bem Ana. Tens um ritmo crescente nos versos e consegues mantê-lo
ResponderExcluirsempre, sem que a idéia se desfaça.
Este da escuridão é um exemplo clássico de como rimar sem tonar-se enfadonho, cansativo.
Parabéns.
Obrigada Ricardo,é sempre bom o incentivo de um artista;relutei para tornar pública minha poesia,mas acabei cedendo a pedido dos filhos,e penso que realmente a Arte deve ser admirada,não importa sob que forma;a Arte,como expressão do Belo, não tem dono,é Universal.
ResponderExcluirAbraços