
As vezes me olho no espelho
E me vejo uma velha
Como uma vela se apagando
Outras me acordo cantando
Bêbada de sono,sonho e poesia
E ouço o gemido do vento
Num lamento de tempos perdidos
Esquecidos fados,sentida fada
Alada,etérea e luminosa
E me sinto uma rosa
No aconchego do negro
No espelho da eternidade
Com suavidade,num cósmico laço
Eu me desfaço,faço,refaço
Poderosa e frágil e fina
Transparente,eternamente
Mãe,mulher e menina
Porto Alegre,03/04/2008